Exibição do filme Pureza e bate-papo encerram a Semana Estadual de Combate ao Trabalho Escravo

31/01/2023

"Tem pessoas que não acreditam que ainda existe trabalho escravo, mas, infelizmente, existe sim e eu vivi isso".

O relato de Marinaldo Soares, trabalhador resgatado de situação análoga à escravidão e defensor de direitos humanos, emocionou a plateia no encerramento da Semana Estadual de Combate ao Trabalho Escravo.

Realizado na tarde desta terça-feira (31), o evento contou com a edição especial do Cine Direitos Humanos e exibição do filme Pureza, do diretor Renato Barbieri.

Após o filme, foi realizado um bate-papo com Marinaldo, que contou sobre sua experiência e ressaltou que hoje atua no combate ao trabalho escravo, por meio do trabalho que realiza no Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos Carmen Bascarán - CDVDH-CB.

A Sedihpop e a Coetrae agradecem todos os parceiros que contribuíram para a realização da Semana e a todos que participaram das atividades. 

Sobre o filme:

Ao longo de 10 anos, o Brasil já resgatou 13 mil pessoas de trabalhos em condições insalubres e jornadas excessivas e, desde 1993, foram 57 mil pessoas libertadas por uma ação conjunta entre o Estado e a população, especialmente através de ONGS e do trabalho do Ministério Público do Trabalho, que só se iniciou após a história de Pureza Lopes Loiola.

A história da maranhense, que virou filme, além de emocionante representa uma luta intensa pelo abolicionismo da escravidão moderna. A escravidão nos moldes de filmes como 12 Anos de Escravidão ainda existe, só se adequou ao mundo moderno nos moldes de um capitalismo exploratório e desumano.⠀

É necessário combater o trabalho análogo á escravidão e, para isso, discutir sobre o tema sempre que possível.